quarta-feira, 29 de março de 2017

Eu bem que avisei, segue o jogo!

Pecaram aqueles que queriam poetizar uma situação de risco, grave, insensíveis a vida de um ser envolvido sem nem ter chance de recusar a escala. Pecou a profissional por não aceitar que seu estado impunha limites físicos óbvios a pratica esportiva de alto rendimento e o que parecia ser pioneiro, inovador, futurista, se tornou em prejuízo para o clássico. 

Querer inovar, parecer ser visionário, inclusivo, não depende somente de dar uma canetada midiática, sem cuidados minimamente técnicos. O gestor precisa mostrar capacidade, discernimento, preocupação com seus comandados e aqueles envoltos a suas decisões.

No clássico CRB x CSA já prejudicado por ser sem a presença de publico, mas recheado de rivalidade e importância, a senhora assistente Brigida, no auge do seu quinto mês gestacional, chamou os holofotes, não por estar ali como a primeira profissional gravida a atuar numa partida da primeira divisão, mas sim por errar um lance de fácil interpretação. Sim o erro é inerente a profissão, humano, mas visivelmente foi ocasionado por falta de posicionamento adequado, fato ocorrido em toda a partida, conforme informado por quem assistiu ao jogo. Longe dos lances, aparentando nervosismo, não conseguindo acompanhar a linha do penúltimo defensor, pouco auxiliando o central na marcação de faltas, Brigida coroou sua atuação ao marcar de forma equivocada um impedimento com o atacante quase 1 metro em posição legal, interferindo diretamente no resultado final da partida.
Desde a escalação, totalmente equivocada aos olhos de especialistas, médicos e profissionais de arbitragem, que o NM tentou alertar de forma técnica, um possível infortúnio ao jogo. Era nítido que a assistente teria problemas físicos que a impossibilitaria de acompanhar a velocidade que exige atualmente uma partida de futebol, além claro, do risco de uma bolada, choque que poderia afetar a sua saúde e de seu bebê. Graças a Deus o erro foi só técnico e sem danos físicos. 

Prejuízo evitável, prejudicados inocentes e a inovação ficou por conta de um impedimento errado marcado pela assistente. Se em Pernambuco se iniciou novamente um ciclo feminino no comando de grandes jogos, Alagoas estacionou essa confiança tão duramente buscada por essas guerreiras. Lamentável. 

Difícil de entender como toda crônica esportiva de Alagoas se calou diante o fato ocorrido, basta olhar os sites, blogs, imagens ( nos melhores momentos das tvs que fizeram o jogo não tem o lance) e até mesmo comentários na internet, daqueles que sempre estão criticando a arbitragem, muitas vezes sem conhecimento de causa. É de se estranhar até a inerte fase dos dirigentes do CSA que desta vez não esbravejaram nos microfones das emissoras como fizeram no clássico pela Copa do NE deste ano.

Em tempos de igualdade e luta por conquistas, o NM tem certeza que a mulher deve estar onde ela bem quiser, mas com responsabilidade e meritocracia.
Segue o jogo! 
Até porque o Hexagonal já irá começar nesta quarta-feira(29). Só toquei neste assunto novamente para conscientizar a todos que é preciso respeitar e amar mais a arbitragem de uma forma geral.

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