quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O que o monopólio financeiro faz no futebol


O Campeonato Pernambucano é um dos poucos Estaduais do Brasil onde nenhum clube do interior teve o prazer de gritar É CAMPEÃO. Bahia, Pará, Alagoas, São Paulo, já tiveram campeões longe dos grandes centros. 

Ano passado tivemos o Salgueiro batendo na trave, ficando com o vice-campeonato. Anos atrás, Central, Ypiranga e Porto também chegaram bem perto. Mas hoje nos deparamos com uma realidade muito aquém nós gostaríamos de relatar. Já não bastava o abismo técnico e estrutural, as cotas de TV proporcionam uma desigualdade ainda maior. Enquanto que Náutico, Sport e Santa Cruz receberão 950 mil reais, os outros nove times receberão apenas 110 mil.

Como é possível fazer um planejamento ambicioso com tão pouco dinheiro?? Creio que 110 mil é um valor menor que a folha de pagamento mensal dos elencos de Salgueiro e Central, por exemplo. E como ficam América, Porto, Belo Jardim, Atlético Pernambucano, Pesqueira, Serra Talhada e o outro promovido da Série A-2??

E o monopólio, a princípio, está mantido até 2018. A divisão das fatias chega a ser absurda, independente dos três da capital estarem figurando nas duas principais divisões nacionais do país. Cadê o bom senso com o crescimento do futebol local?? Desse jeito vamos ter um clube do interior sendo campeão?? Vejam Santa Catarina, que mesmo aos trancos e barrancos, conseguiu colocar QUATRO equipes na Série A.

Do jeito que as coisas estão andando, só mesmo no Play Station 4 para isso poder acontecer.


Blog do Torcedor com Diego Eduardo

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