segunda-feira, 6 de junho de 2016

Após 10 anos, mulher volta a apitar jogo masculino em torneio nacional

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Após mais de 10 anos, o futebol brasileiro voltará a ter uma árbitra principal apitando em um jogo masculino oficial por torneio nacional. No próximo dia 12 de junho, pela primeira rodada da Série D, a pernambucana Deborah Cecília (foto) estará no duelo entre Murici e Campinense, pelo Grupo A9 da competição. A última vez que isso ocorreu foi no dia 16 de outubro de 2005, quando Sílvia Regina de Oliveira apitou a vitória do Paysandu por 2 a 1 sobre o Fortaleza, na Série A daquele ano. A presença de assistentes femininas, no entanto, é frequente.
Desde então, mulheres sequer entraram na escala de sorteios para as partidas nacionais do futebol masculino. O longo jejum se deve às alterações nos testes físicos para os árbitros. Desde 2006, quando as provas sofreram alterações, vários árbitros importantes do futebol brasileiro têm sofrido com as dificuldades impostas pela avaliação e sido reprovados. No caso mais notório, Leonardo Gaciba perdeu a oportunidade de apitar a Copa do Mundo de 2010 ao não passar nos testes de 2009.
As mulheres tiveram mais um obstáculo a partir de 2007, quando, no Brasil, foi determinado que, para atuar em competições nacionais do futebol masculino, seria necessário passar nos testes exigidos para os homens. É o caso de Deborah, que já apita jogos de competições estaduais em Pernambuco.
Deborah apitou o jogo de ida da final da Copa do Brasil Sub-20, no empate por 2 a 2 entre Sport e Corinthians, e já foi quarto árbitro em partidas profissionais por torneios nacionais, como da Copa do Nordeste. Em 2014, a paulista Regildênia de Holanda Moura chegou a ser aprovada nos testes masculinos, mas não apitou partidas da modalidade.
Veja como são os testes físicos atualmente:
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Fonte: Globo.com – foto: Bianca Daga
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