sábado, 27 de fevereiro de 2016

Tênis para todos os gostos: conheça os tipos diferentes para cada ocasião

Tênis pisada euatleta (Foto: Getty Images)Escolher o tênis ideal para cada terreno na hora da corrida: ideal é investir num calçado confortável (Foto: Getty Images)

Não é preciso muito para ficar confuso com a oferta de tênis nas vitrines de lojas especializadas em artigos esportivos. São tantas variedades e modelos, que até o mais entendido no assunto pode se perder com a quantidade de opções. Há, por exemplo, modelos mais altos, outros mais baixos, versões com mais ou menos acessórios e diferentes tipos de solado. As características de cada tênis são voltadas para determinado tipo de atividade e objetivo. Por isso, conhecer melhor as particularidades de cada um facilitará a sua escolha e a deixará mais adequada ao seu estilo de corrida e prática esportiva. 
euatleta tenis (Foto: Eu Atleta)
Tênis de corrida “tradicionais”
São os tênis de corrida mais comumente usados no Brasil. Eles têm uma estrutura bem elaborada, com grande sistema de amortecimento e suporte para os pés. Esses modelos também costumam ter uma altura elevada, ou seja, o pé não fica muito próximo ao chão devido ao solado ser bastante espesso. 
Eles são geralmente muito confortáveis e macios e, com isso, podem passar uma sensação de total segurança ao corredor. Aqui vale uma ressalva, já que essa impressão não é completamente verdadeira na prática, pois o tênis por si só não é capaz de prevenir lesões na corrida.
Tênis minimalistas
São modelos com perfil mais baixo em relação aos tradicionais, com menos estrutura e menor sistema de amortecimento, o que tem relação direta com sua leveza. Neles os pés ficam mais próximos ao chão e com maior liberdade. O objetivo é deixar a corrida mais natural, sem grandes interferências no pé. Assim como as opções tradicionais, os minimalistas são dotados de tecnologias em seu desenvolvimento. Por isso, não se engane com a aparente simplicidade.
Correr com esse tipo de tênis exige maior esforço do corpo, principalmente da panturrilha e do pé. Portanto, um período de adaptação com aumento gradativo do seu uso é importante para minimizar riscos de lesões . 
Tênis para corrida de montanha
Os calçados para a corrida de montanha possuem uma característica especial em seu solado para aumentar a aderência ao terreno. Trata-se do “grip”, que nada mais é do que um conjunto de pequenas estruturas salientes responsáveis pela adesão à superfície. Eles podem ter um perfil mais alto, como os tênis tradicionais, ou mais baixo, como os minimalistas. 
Tênis de competição
Eles são mais leves e normalmente mais baixos do que os tênis tradicionais para treino. Corredores profissionais costumavam fazer essa separação entre tênis de treino e tênis de competição, mas com as novas tendências de calçado (todos estão cada vez mais leves), essa distinção está caindo em desuso. 
Tênis de atletismo
Os modelos para provas de atletismo são frequentemente chamados de sapatilhas. Elas são baixas e também possuem estruturas na sola que aumentam a aderência ao solo. Porém, diferentemente do que ocorre nos calçados específicos para corrida na montanha, nas sapatilhas as ferramentas de adesão se concentram predominantemente na parte anterior do solado. 
Tênis para outros esportes
Cada esporte exige um tipo de calçado diferente, de acordo com suas particularidades. Por exemplo, os tênis de basquete são altos na região do tornozelo para ajudar na estabilidade da região. As chuteiras de futebol variam seu solado de acordo com o terreno, da mesma forma que os modelos para o jogo de tênis.
Conhecer as diferentes opções e estilos é o primeiro passo para uma escolha acertada do tênis. Após buscar informações, confie em seus instintos e prefira o modelo mais confortável nos pés.  
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
EuAtleta Raquel Castanharo Fisioterapia Especialista (Foto: EuAtleta)


RAQUEL CASTANHARO
Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br
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