segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Opinião: por que motivo não acontece o processo de profissionalização da arbitragem?

A temporada brasileira de 2015 de futebol está acabando e, dos temas mais comentados, a arbitragem seguramente será a mais lembrada. Com os lances duvidosos sempre presentes nos programas esportivos, uma bandeira tomou força: por que motivo não acontece o processo de profissionalização da arbitragem?
Nesse ponto, gostaria de fazer uma abordagem de mercado: Em um esporte de milhões, como podemos permitir que erros humanos influenciem os cofres dos clubes dessa forma?
Atualmente, árbitros recebem diárias para apitar os jogos. Segundo Ricardo Perrone, blogueiro do UOL, um árbitro FIFA do Brasileirão Serie A recebe R$ 3 mil por jogo, enquanto cada bandeirinha FIFA recebe R$ 1,5 mil. Apesar de ser uma quantia razoável para o trabalhador brasileiro, é muito pouco se comparado ao valores recebidos no futebol. A maioria deles precisa de outros empregos para complementar a renda.
Falando agora sobre os grandes valores, entre os quatro grandes paulistas temos os seguintes valores para folha salarial mensal: Palmeiras R$ 11.5 mi, Corinthians R$ 9 mi, São Paulo R$ 8 mi e Santos R$ 4.5 mi. O prêmio do Campeonato Brasileiro é de R$ 10 mi apenas em premiações.
Suponha que Atlético-MG (folha de R$ 9 mi) e Corinthians estivessem brigando ponto a ponto pelo Brasileiro e se enfrentassem na última partida. Quem ganhasse seria campeão! Estamos falando de um jogo que, praticamente, vale 8 meses de salário do time (considerando que é o único campeonato que eles estavam disputando e tirando o período de Estaduais e Libertadores) + Prêmio de 1º lugar. É um jogo de R$ 154 MILHÔES, sendo apitado por um trio que ganhará no máximo R$ 6 MIL !!!
Economicamente, isso é um assassinato! Não é possível que o árbitro não possa ter um salário de até R$ 50 mil (com bônus de performance) e plano de carreira. Junto com uma jornada de 40 horas semanais na sede local de arbitragem, um CT que ofereceria treinos, aulas, simulações, concentração e tudo que precisar!
Somado ao auxílio da tecnologia, poderíamos reduzir os erros de arbitragem para quase zero!
Agora, será que, com a quantidade de programas esportivos de hoje, que passam intermináveis horas falando de arbitragem, isso seria interessante? O que eles passariam a falar? Tática, jogadas, análises do jogo? Será que é isso que o povo brasileiro gosta?
Se existe alguém que tem força para derrubar a teoria econômica no Brasil, esse alguém é a mídia.
Até lá, seguiremos discutindo se foi mão na bola ou bola na mão…
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